Juntas militares e ONG de direitos humanos em confronto no Sahel
As relações entre as juntas militares da África Ocidental e organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch (HRW) e a Amnistia Internacional (AI), têm se tornado tensas.
No Níger, a junta militar acusa as organizações de publicarem relatórios parciais, que não refletem os esforços em equilibrar segurança e direitos humanos, mas procuram desacreditar o país.
Desde o golpe de 2023, liderado pelo general Abdourahamane Tiani, cerca de 200 organizações locais e internacionais foram suspensas no Níger sob alegação de violação de regras.
Apesar disso, HRW e AI afirmam que ainda não houve proibição oficial de suas operações, mas denunciam repressões constantes, comuns também em países como Mali, Burkina Faso e Guiné-Conacri.
No Mali, críticos do regime, como Oumar Mariko, têm sido forçados ao exílio, enquanto no Burkina Faso, opositores são enviados para a linha de frente em combates contra o terrorismo, como ocorreu com o ex-ministro Ablassé Ouedraogo, de 70 anos. Já na Guiné-Conacri, ativistas desaparecem sem explicação, com o caso de Mamadou Billo Bah e Oumar Sylla sendo emblemático.
Para Dany Ayida, do Instituto Nacional Democrático (NDI), essas ações confirmam o caráter autoritário desses regimes: As detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados contradizem as promessas de mais liberdade e dignidade.
As organizações de direitos humanos reforçam seu papel em denunciar restrições de liberdade e violações de direitos na região. Leia Mais...
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