Venâncio Mondlane rejeita integrar governo e apresenta condições para a paz

O líder da oposição moçambicana, Venâncio Mondlane, afirmou que não pretende integrar o novo governo liderado por Daniel Chapo, eleito recentemente após eleições marcadas por disputas violentas.

Em declarações à AFP, Mondlane destacou que está disposto a contribuir para soluções pacíficas, mas sem fazer parte do executivo.

Mondlane alega que as eleições presidenciais foram manipuladas, apesar dos resultados oficiais indicarem a vitória de Chapo com 65% dos votos.

O opositor afirma ter obtido 53% dos votos e acusa o partido Frelimo de fraudar o processo eleitoral. A violência pós-eleitoral já causou mais de 300 mortes, com relatos de força excessiva por parte das autoridades.

Entre as exigências apresentadas por Mondlane ao governo estão o fim da repressão contra manifestantes, a libertação de presos políticos e a compensação às vítimas dos confrontos.

O opositor prometeu mobilizar protestos pacíficos nos primeiros 100 dias de mandato de Chapo caso suas demandas não sejam atendidas.

Mondlane também apelou ao diálogo como forma de resolver a crise, mas destacou que espera pouco do atual governo em relação à reconciliação nacional.

Segundo ele, se as condições para a paz não forem atendidas, "será evidente que o governo opta por perpetuar a violência e a miséria contra o povo". Leia Mais...