Funcionários da USAID retomam atividades em Maputo após suspensão temporária
Os funcionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) retornaram aos seus postos de trabalho em Maputo esta semana, após uma decisão judicial que bloqueou temporariamente a ordem executiva do ex-presidente norte-americano Donald Trump de encerrar a organização. A USAID é responsável por mais de 42% da ajuda humanitária global em 2024.
A medida foi contestada por dois sindicatos de funcionários públicos, que levaram o caso ao Tribunal Federal. Eles argumentaram que a ordem de Trump colocava os trabalhadores da agência em risco e que o ex-presidente não tinha autoridade para encerrar a USAID sem a aprovação do Congresso.
Fontes da USAID em Maputo confirmaram que as atividades foram retomadas, mas destacaram que nem todos os setores estão operando plenamente.
Projetos relacionados à prevenção, circuncisão e violência baseada no género continuam suspensos. A agência aguarda o desfecho do caso, que deve ser definido até sexta-feira, 14 de fevereiro.
A suspensão dos projetos da USAID foi inicialmente ordenada pelo Secretário de Estado Marco Rubio em 24 de janeiro, afetando iniciativas financiadas pela agência em todo o mundo.
Em Moçambique, a medida impactou viagens entre Maputo e as províncias, além de deslocamentos internos nas capitais provinciais.
O Departamento de Estado dos EUA justificou a suspensão afirmando que a USAID há muito se desviou de sua missão original de promover os interesses americanos no exterior.
Segundo a fonte, a medida visa realinhar o financiamento da agência com os interesses nacionais dos Estados Unidos.
Com a suspensão do financiamento norte-americano, dezenas de projetos em Moçambique, incluindo o Millennium Challenge Corporation, estão em risco.
Até o momento, apenas os projetos de combate ao HIV/SIDA, que recebem um investimento anual de 400 milhões de dólares, estão garantidos.
A situação continua em aberto, enquanto a USAID e seus funcionários aguardam uma decisão final sobre o futuro da agência e seus projetos humanitários em Moçambique e no mundo. Leia Mais...
