Moçambique em Chamas: Protestos Pós-Eleitorais Deixam 80 Mortos e Milhares de Estragos
Governo Reporta 80 Mortos, Mas ONGs Contestam Números
Moçambique enfrenta uma onda de tensão sem precedentes após as eleições presidenciais de outubro.
Segundo o governo, 80 pessoas perderam a vida e 1.677 estabelecimentos comerciais foram destruídos em meio aos protestos, além de danos a escolas, hospitais e infraestruturas essenciais.
No entanto, a plataforma eleitoral Decide aponta um número muito superior de vítimas, estimando 327 mortos, incluindo crianças, e centenas de feridos por disparos.
O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, condenou veementemente as manifestações, classificando-as como ilegais e prometendo repressão severa.
Estas ações não são aceitáveis e serão combatidas com firmeza, afirmou após uma sessão governamental em Pemba, Cabo Delgado.
Presidente Daniel Chapo: Se for para jorrar sangue, vamos jorrar
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, reforçou a postura rígida do governo, equiparando a repressão dos protestos ao combate ao terrorismo.
Se for preciso derramar sangue para defender a soberania do país, faremos isso, declarou, em um discurso que acirrou ainda mais os ânimos.
Desde outubro, os protestos têm resultado em um cenário caótico: 19 fábricas e indústrias vandalizadas, 220 veículos destruídos, além de ataques a farmácias, ambulâncias e infraestruturas elétricas.
Para muitos manifestantes, a revolta vai além da contestação eleitoral, refletindo também o descontentamento com o custo de vida e a crise econômica crescente.
Apesar da repressão, pequenas manifestações continuam a ocorrer em diversas regiões do país, demonstrando que a insatisfação popular está longe de ser contida. Leia Mais...
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