Número de Mortos em Protestos Pós-Eleitorais em Moçambique Gera Controvérsia: Divergências Chegam a 520 Vítimas
A crise política em Moçambique, desencadeada pelas eleições de 9 de outubro de 2024, resultou em protestos que se estendem até hoje, 28 de fevereiro de 2025. Entretanto, o número exato de vítimas fatais decorrentes dessas manifestações permanece incerto, com diferentes organizações apresentando dados conflitantes.
O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) relatou, em meados de fevereiro, que pelo menos 600 pessoas perderam a vida entre 21 de outubro de 2024 e 15 de janeiro de 2025 devido aos confrontos pós-eleitorais.
Por outro lado, a Plataforma de Monitoria Eleitoral DECIDE contabilizou 353 mortes até a última terça-feira, uma diferença de 247 óbitos em relação aos números do CDD. A Polícia da República de Moçambique (PRM) informou, até 22 de janeiro, 96 mortes, incluindo 17 agentes policiais.
Recentemente, o governo anunciou 80 mortes desde o início dos protestos, o número mais baixo reportado até o momento, resultando em uma discrepância de 520 vítimas quando comparado aos dados do CDD.
A divergência nos números levanta questões sobre a transparência e a precisão das informações divulgadas.
Enquanto o governo e a PRM destacam os danos materiais causados por atos de vandalismo durante as manifestações, organizações da sociedade civil enfatizam as consequências da repressão policial.
A ausência de dados consistentes dificulta a compreensão real da magnitude da violência e das perdas humanas no país.
A comunidade internacional e grupos de direitos humanos têm expressado preocupação com a situação em Moçambique, instando por investigações independentes para apurar os fatos e responsabilizar os culpados.
Enquanto isso, a população moçambicana continua a enfrentar um clima de tensão e incerteza, aguardando por soluções pacíficas e esclarecimentos sobre os eventos que abalaram a nação nos últimos meses. Leia Mais...
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