Tensão Pós-Eleitoral: Empresários Condicionam Aderência ao Fundo de Recuperação à Garantia de Segurança

Tensão Pós-Eleitoral: Empresários Condicionam Aderência ao Fundo de Recuperação à Garantia de Segurança

Tensão Pós-Eleitoral: Empresários Condicionam Aderência ao Fundo de Recuperação à Garantia de Segurança

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou um conjunto de linhas de financiamento no valor de 250 milhões de USD para apoiar a recuperação de empresas afetadas pela tensão pós-eleitoral que impactou gravemente o setor produtivo no último trimestre de 2024.

Contudo, os empresários exigem garantias de segurança e estabilidade no país para que possam aderir ao fundo.

O diretor executivo da CTA, Eduardo Sengo, apresentou as três principais linhas de financiamento, incluindo uma parceria entre bancos comerciais nacionais e o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), além de um financiamento do Ministério das Finanças e Banco Mundial, através do Fundo Catalítico.

No entanto, a principal exigência dos empresários é a pacificação do país, como condição para que esses fundos possam realmente beneficiar o setor.

Insegurança e Manifestantes Prejudicam a Recuperação

Empresários como Kekobad Patel e Arnaldo Ribeiro destacam que a insegurança, alimentada por protestos e manifestações em várias regiões, incluindo a província de Maputo, tem gerado grandes prejuízos para as empresas.

O setor agrícola, em particular, foi severamente afetado, com bloqueios de estradas que impediram trabalhadores de acessar suas funções e atrasaram exportações, resultando em prejuízos de milhões de dólares.

Patel, membro da CTA, afirmou que sem um ambiente seguro para investir, os empresários não irão utilizar os recursos disponíveis para recuperar seus negócios. Ele também criticou a burocracia e a corrupção nas instituições públicas, que dificultam ainda mais a recuperação econômica.

Crise no Setor de Água e Necessidade de Reformas

O setor de água também enfrenta desafios, com o empresário Paulino Cossa alertando para a possibilidade de colapso devido à falta de pagamentos e à pressão para reduzir tarifas. Segundo Cossa, isso pode resultar em uma crise de saúde pública, com o surgimento de doenças como cólera.

Félix Machado, da Associação Comercial da Beira, sugeriu que a solução para as manifestações seria investir nas micro, pequenas e médias empresas, criando assim empregos para a juventude e promovendo estabilidade social. Além disso, Machado defende a redução das taxas de juro para facilitar o acesso aos fundos de recuperação.

Apelo ao Diálogo e Reforço da Confiança

O presidente da CTA, Agostinho Vuma, finalizou o evento apelando à necessidade de um diálogo franco entre todas as partes envolvidas para a operacionalização eficaz das linhas de financiamento.

Vuma também enfatizou a importância de acabar com práticas como o rapto e a redução de impostos para aliviar a carga sobre os empresários. Leia Mais...
 

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