O Centro de Integridade Pública (CIP) alerta que a venda das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) para HCB, CFM e EMOSE pode agravar a crise financeira da companhia e transferir o ônus das suas dívidas para outras empresas estatais, aumentando o risco fiscal do país.
Segundo o CIP, a LAM é tecnicamente insolvente e tem sobrevivido graças a sucessivas injeções de capital estatal. Entre 2018 e 2021, a empresa acumulou prejuízos significativos, atingindo um resultado líquido negativo de mais de 20,7 mil milhões de meticais em 2021.
Relatórios financeiros recentes mostram que a companhia ainda enfrenta dificuldades para saldar suas dívidas, que ultrapassavam 7,1 mil milhões de meticais até o terceiro trimestre de 2024.
Além da crise financeira, a LAM tem um histórico de corrupção e má gestão, com casos de desvio de fundos, aquisição irregular de imóveis e contas bancárias no exterior.
A Fly Modern Ark (FMA), que geriu a empresa entre abril de 2023 e setembro de 2024, denunciou fraudes e afirmou que a companhia precisaria urgentemente de mais de 10 milhões de dólares para manter suas operações.
Diante desse cenário, o CIP defende que a solução para a LAM passa por uma reestruturação profunda, maior transparência na gestão e a criação de uma parceria público-privada com um investidor estratégico, visando reduzir a interferência política e garantir a sustentabilidade da companhia aérea. Leia Mais...
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