Explosão de Tensão em Cabo Delgado: Tentativa de Homicídio Contra Aliado de Bila Mondlane Aprofunda Crise Política
Cabo Delgado voltou a ser palco de um grave episódio de violência política neste domingo (20), após uma tentativa de homicídio atribuída a agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) contra um dos principais colaboradores de Venâncio Bila Mondlane.
O ataque, descrito como uma ação coordenada e deliberada, reacende o alerta sobre a escalada da repressão em Moçambique às vésperas de um ano eleitoral decisivo.
O alvo foi Fernando A. M., de 34 anos, que escapou por pouco depois que dois homens fortemente armados, vestindo fardamento da UIR, abriram fogo contra o carro onde seguia, em plena luz do dia, na cidade de Pemba.
Segundo testemunhas, os disparos visavam os pneus do veículo, forçando Fernando a fugir a pé por ruas movimentadas, num ato desesperado pela própria sobrevivência.
Este incidente ocorre dias após Bila Mondlane denunciar abertamente ameaças contra sua equipa, acusando forças estatais de atuarem como braço armado do partido no poder para intimidar e silenciar adversários políticos.
“O que estamos a viver é um Estado capturado. A nossa luta não é apenas política, é pela sobrevivência da democracia”, escreveu Bila em suas redes sociais logo após o atentado.
A ausência de qualquer resposta oficial por parte da polícia ou do comando da UIR intensificou a revolta popular e alimentou teorias de encobrimento.
Cidadãos, ativistas e observadores internacionais já exigem uma investigação transparente, independente e com supervisão externa, temendo que a violência política se torne norma no processo eleitoral moçambicano.
Especialistas alertam que o clima político se deteriora rapidamente e que ataques como este representam um retrocesso perigoso para as liberdades civis no país.
A comunidade internacional está a ser chamada a observar atentamente os desdobramentos e a agir antes que o ciclo de violência se torne irreversível. Leia Mais...
Tags
Bila Mondlane
Cabo Delgado
Direitos Humanos
Fernando A. M.
Nacional
oposição Moçambique
repressão política
tentativa de homicídio
UIR
violência eleitoral